Há vários sinais de que o avião da Embraer das Linhas Aéreas do Azerbaijão sofreu danos antes de cair. Não só as imagens partilhadas ainda durante o voo o mostram como, mais tarde, no que sobrou da fuselagem, há vários buracos que terão sido causados pelo impacto de um míssil disparado a partir de terra.
O aparelho tinha como destino Grozny na Chechénia, liderada por um regime que apoia o Presidente russo, Vladimir Putin, e que, de acordo com vários peritos, à hora prevista para aterragem temia a chegada de drones ucranianos.
"O que estava a acontecer no território da Rússia e da República da Chéchénia, na altura em que o avião estava no ar, aponta para um possível ataque de um sistema de defesa aérea, o sistema de defesa Pantsir S-1, porque havia lá drones ucranianos na mesma altura e eles abateram esses Pantsirs. Há um vídeo filmado mais ou menos nesse momento (...), e há fotografias de elementos usados desse sistema Pantsir S-1", explica o perito militar Yan Matveyev.
A segunda e última caixa negra do aparelho foi encontrada esta sexta-feira e vai ajudar os investigadores a perceber o que se passou.
A Rússia nega qualquer responsabilidade e não se crê que quer o Azerbaijão, de onde o voo partiu, quer o Kazaquistão, onde a queda aconteceu, coloquem em causa as relações com Moscovo se a culpa for mesmo russa.
A maioria dos sobreviventes foram transportados para o hospital em Baku de onde já falaram com os familiares. Recorde-se que dos 62 passageiros e cinco tripulantes que seguiam a bordo, 29 sobreviveram mas 38 não tiveram a mesma sorte.