À saída da última sessão do julgamento Marine Le Pen parece respirar de alívio. “Estou contente que tenha terminado porque tenho tido uma atividade intensa, como presidente de grupo parlamentar e estão a passar-se coisas bastante importantes”, disse.
Mas para Le Pen não ser obrigada, em breve, a retirar-se da política, esta quarta-feira foi a última oportunidade para a defesa da líder de extrema-direita convencer os juízes durante as alegações finais de que Marine Le Pen e outros 24 altos dirigentes nacionalistas franceses não desviaram fundos do Parlamento Europeu para pagar os salários a assessores do partido Frente Nacional
Isto entre 2004 e 2016 quando Le Pen era eurodeputada. A líder nacionalista, que se diz serena como no início do processo, em setembro, subiu, ainda assim, o tom nas ultimas semanas face à acusação que não conseguiu convencer.
“É a minha morte política aquilo que é pedido”, disse Marine Le Pen a 15 de novembro.
Há 2 semanas o Ministério Público pediu que Le Pen, além de pagar 300 mil euros de multa, seja condenada a cinco anos de cadeia e fique também, pelo mesmo período de tempo, proibida de ocupar cargos públicos, o que impediria que se candidatasse às próximas presidenciais de 2027.
A sentença será conhecida no final de março, até lá o xadrez da vida política francesa continua a mover-se. Marine Le Pen poderá ser tentada a mostrar que não é uma peça qualquer. Para isso, há quem diga que em breve a líder da extrema-direita pode antes da sentença vir a provocar a queda do Governo.