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Portugal vai participar como convidado da reunião dos líderes do G20

Luís Montenegro desembarca no Brasil na segunda-feira, na primeira viagem oficial ao Brasil. Portugal participa como convidado da reunião dos líderes do G20, o grupo das principais economias do mundo.

Ivani Flora

Há cerca de um ano a sigla G20 faz parte da paisagem do Rio de Janeiro. O símbolo do grupo, que reúne as maiores economias do mundo, está espalhado pelos principais pontos turísticos da cidade para lembrar que, desde dezembro de 2023, o Brasil ocupa a presidência rotativa do grupo e que a capital carioca vai receber vários líderes mundiais para a reunião anual. 

São esperados representantes do grupo formado por 19 países, mais União Europeia e União Africana, além de países convidados como Portugal e representantes de organismos internacionais, num total de 55 delegações estrangeiras.  

Pela primeira vez, durante a presidência temporária do Brasil, o encontro foi aberto para a participação popular com a realização do G20 social  que reuniu organizações não governamentais de cerca de 60 países.

O documento elaborado pela sociedade civil será entregue aos líderes mundiais.

“Sem a participação da sociedade, sem esse diálogo o sucesso da nossa presidência do G20 não poderia ser tão grande”, diz Mauro Vieira, ministro das relações Exteriores.

Para receber milhares de visitantes e dezenas de chefes de Estado foi montado um esquema especial de feriados e de segurança que mudou a rotina dos brasileiros que aos poucos começa a perceber a importância do que vai acontecer na cidade.

O G20 é um grupo que reúne os países que representam cerca de 2/3 da população, 85% do produto interno bruto mundial e 75% do comércio internacional. 

Criado em 1999 como um fórum de cooperação económica e desde 2008, no auge de uma crise na economia mundial, passou a ter a participação direta de chefes de Estado e Governo para discutir temas fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico global. Este ano o Brasil deu prioridade às questões climáticas, à reforma da governação global e a criação de uma aliança mundial contra a fome.

Na reunião entre os líderes do grupo, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, já que Portugal participa como país convidado, será apresentada uma declaração final das decisões que forem tomadas por consenso. 

Na prática, o grupo não tem poder de impor suas decisões, mas pela importância demográfica e econômica dos países, as recomendações do G20 costumam virar diretrizes e princípios que podem nortear a governação global.

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