Está a tornar-se uma das rotas mais procuradas pelas redes de tráfico humano. Apesar de ser mais perigosa do que a travessia do Mediterrâneo, a rota pelo Atlântico é menos vigiada e há cada vez mais barcos a partirem do oeste do continente africano em direção às Canárias.
No entanto, a viagem muitas vezes acaba em tragédia e a marinha espanhola tem sido obrigada a reforçar os patrulhamentos ao largo do arquipélago. No domingo, foram resgatadas mais 30 pessoas que chegaram a um pequeno porto, na Gran Canária. Entre elas estavam várias crianças e alguns bebés.
Mais de 30 mil pessoas chegaram este ano
Segundo as autoridades espanholas, entre janeiro e julho deste ano, houve um aumento de mais de 150% no número de migrantes que chegaram às Canárias. Só este ano, já entraram mais de 30 mil pessoas.
Com a procura a aumentar, cresce também o número de corpos que as autoridades das ilhas têm de enterrar, sem nome muitas vezes, em campas abertas nos cemitérios locais, que já começam a ter pouco espaço para os migrantes que perdem a vida na viagem.
Na semana passada, foram os funerais de seis das vítimas de um dos piores naufrágios dos últimos meses e onde, apesar de não se saber ao certo, se calcula que terão morrido dezenas de pessoas.
Segundo algumas testemunhas, quase 50 migrantes terão caído ao mar quando o barco se começou a afundar. A marinha de Espanha conseguiu resgatar 27.