Há 80 anos, Paris viveu seis dias a ferro e fogo, de 19 e 25 de agosto. Greves e confrontos armados em plena cidade resultariam na libertação do jugo nazi. Uma data que a História assinala e que se festeja todos os anos.
Cansada de mais de quatro anos de domínio nazi, Paris sublevou-se em agosto de 1944, sem esperar pela ajuda dos aliados.
O que começou com greves de vários setores, com barricadas e ataques a redutos alemães na cidade, resultaria na libertação da capital francesa.
Paris foi libertada pela 2.ª Divisão Blindada francesa e pela 4.ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos.
Dias manchados de sangue. Nesses confrontos morreram quase mil combatentes da Resistência, cerca de 600 civis, 130 soldados franceses e mais de 3.000 militares alemães.
Hitler terá ordenado que Paris fosse defendida até ao último homem e que se, necessário, a cidade fosse devastada pelas chamas.
O general alemão, destacado na capital francesa, Dietrich von Choltitz, acabou por não obedecer a Hitler e, apesar de ainda ter mandado colocar explosivos em pontes e símbolos da cidade, rendeu-se e cedeu o controle ao governo provisório de Charles de Gaulle.
Denise era criança e testemunhou esse momento histórico.
A 26 de agosto, o general liderou a marcha de libertação, ao longo dos Campos Elísios, que juntou cerca de 2 milhões de pessoas.
No próximo domingo, Paris assinala a data com uma agenda repleta de eventos.