Mundo

Com Trump como alvo, Kamala Harris corre contra o tempo nos EUA

A dupla democrata corre contra o relógio. Harris e Walz percorrem os sete estados decisivos, com dois comícios por dia. Na quarta-feira, os apoiantes democratas gritaram "prendam-no", exigindo a prisão de Trump. Kamala Harris mandou-os calar.

Pedro Coelho

"Prendam-no. Prendam-no. Prendam-no", gritam os democratas, num comício de Kamala Harris, para Donald Trump. Já ouvimos isso em 2016, quando os apoiantes de Trump exigiam a prisão de Hilary Clinton. É o feitiço a voltar-se contra o feiticeiro. Mas a antiga procuradora da California pede contenção.

“Esperam. Os tribunais vão tratar disso e nós vamos vencê-los em novembro”, atirou Kamala Harris, a candidata democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Tinha sido Kamala, todavia, a lançar o mote que levou ao grito, quando recuperou a ideia lançada no dia em que Joe Biden desistiu da corrida.

"Como procuradora, especializei-me em casos de abuso sexual. Trump foi considerado responsável por cometer abuso sexual. Enquanto procuradora-geral, responsabilizei os grandes bancos de Wall Street por fraude. Bem, Trump acaba de ser considerado culpado por fraude. 34 acusações".

Donald Trump não tem feito campanha, mas a candidatura convocou, de surpresa, uma conferencia de imprensa do candidato nesta quinta-feira.

“Se Trump ganhar, vai assinar proibição nacional do aborto”

A dupla Harris-Walz percorre em passo de corrida os estados decisivos, com a estratégia de desmontar a narrativa de campanha do ex-presidente dos EUA. Esta quarta feira, estiveram de noite no Michigan. Antes, mergulharam no calor do Wisconsin.

Mantendo o foco em Trump, Kamala Harris continua a falar diretamente para as mulheres, grupo onde as sondagens lhe dão vitoria folgada.

"Mais de 20 estados têm uma proibição de aborto imposto por Trump, muitos sem exceções, mesmo em caso de violação ou incesto. Se ele ganhar, vai assinar uma proibição nacional do aborto".

Últimas