Mais sinais de escalada da tensão no Médio Oriente. Caças israelitas bombardearam o sul do Líbano e sobrevoaram Beirute. Por sua vez, depois de lançar drones contra o norte de Israel, o líder do Hezbollah declarou que a vingança "é obrigatória".
Hassan Nasrallah prometeu manter os ataques a Israel, seja quais forem as consequências. Num discurso de quase duas horas, o líder do Hezbollah falou na obrigação de vingar os bombardeamentos que destruíram bases militares e mataram comandantes do movimento.
Os drones lançados pela organização xiita acionaram o alerta aéreo no norte de Israel. As autoridades confirmaram já a existência de vítimas civis.
Oficialmente, o Irão, mentor e financiador do Hezbollah mantém também a ameaça de atacar solo israelita mas para vingar o líder do Hamas.
Ismail Haniyeh foi morto em Teerão, numa operação clandestina não reivindicada mas atribuída já a operacionais israelitas. A escalada de tensão no Médio Oriente motivou a visita ao país do Conselheiro de Segurança Nacional da Rússia.
Rússia reúne-se em Teerão com "amigo" Irão
Sergei Shoigu, um dos elementos próximos de Putin e ex-ministro da Defesa que lançou a invasão da Ucrânia, reuniu-se com os responsáveis do regime islâmico.
Às ameaças do Irão e do Hezbollah, o governo de Israel contrapõe imagens do ministro da Defesa à conversa com os pilotos da Força Aérea destacados para a guerra de múltiplas frentes com o Irão e com os movimentos apoiados pelo regime dos aiatolas.
Biden convoca gabinete de crise
Na Faixa de Gaza, é o Exército que revela registos das tropas em ação contra os combatentes do Hamas.
Já na Cisjordânia ocupada, são dos repórteres palestinianos que arriscam diariamente a vida as imagens dos funerais desta terça-feira. Pelo menos oito pessoas foram mortas pelos soldados israelitas em operações consideradas como antiterroristas.
Nos Estados Unidos, Joe Biden reuniu o gabinete de crise para analisar a situação no Médio Oriente. O chefe da diplomacia norte-americana garantiu que só um cessar-fogo na Faixa de Gaza poderá travar o atual ciclo de violência.