O Brasil ainda não se posicionou perante os resultados das eleições do último domingo na Venezuela. O presidente Lula da Silva mantém o silêncio sobre se irá apoiar a reeleição de Nicolás Maduro ou a nomeação de Edmundo González como presidente eleito da Venezuela.
No entanto, esta terça-feira fez alguns comentários sobre o impasse político que o país vizinho enfrenta. Para o presidente brasileiro a solução passa por se divulgar as atas de votação, relembrando que quando estas forem apresentadas "todos têm a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela".
"[Nicolás] Maduro sabe perfeitamente que quanto mais transparência houver, mais chances de tranquilidade para governar a Venezuela ele vai ter", acrescentou.
Ainda assim "minimizou" a crise que se formou em redor das eleições e considera apenas tratar-se de um "processo normal". Acusou ainda a imprensa brasileira de abordar o tema "como se fosse a Terceira Guerra Mundial".
"Estou convencido que é um processo normal, tranquilo, o que é preciso é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o Governo tem o direito de provar que está certo", defendeu Lula da Silva.
Esta terça-feira, o Peru tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer o líder da oposição venezuelana, Edmundo González, como presidente oficial do país.
Joe Biden e Lula da Silva defendem "divulgação imediata de dados"
O Presidente dos Estados Unidos e do Brasil conversaram ao telefone, esta terça-feira, sobre a crise política venezuelana. Numa conversa que durou cerca de 30 minutos, Joe Biden e Lula da Silva concordaram com a "necessidade de uma divulgação imediata dos dados de votação completos, transparentes e detalhados pelas autoridades eleitorais venezuelanas".
O anúncio foi feito pelo presidente norte-americano através da rede social X (antigo Twitter).