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Ativistas ocupam pista de aeroporto alemão e bloqueiam o tráfego aéreo

Os ativistas alertaram que estão previstos "protestos civis pacíficos semelhantes" em aeroportos do Reino Unido, Áustria, Países Baixos, Suíça, Canadá, Estados Unidos, Escócia e Noruega.

Jana Rodenbusch

SIC Notícias

Os ativistas climáticos da "Letzte Generation" (Última Geração) ocuparam esta quarta-feira de manhã uma pista do aeroporto de Colónia/Bona, no oeste da Alemanha, bloqueando o tráfego aéreo.

"Pessoas não autorizadas entraram na zona de segurança do aeroporto hoje de manhã. As operações de voo estão atualmente suspensas devido à operação policial", informou a infraestrutura aeroportuária no seu site.

Entretanto, o aeroporto confirmou que a operação policial terminou e que o tráfego aéreo foi retomado.

No comunicado, adiantou ainda que são esperados atrasos e cancelamentos de voos, durante o dia, e apelou aos passageiros para verificarem o estado do seu voo antes de se dirigirem ao aeroporto.

Os ativistas alertaram que estão previstos para esta quarta-feira "protestos civis pacíficos semelhantes" em aeroportos do Reino Unido, Áustria, Países Baixos, Suíça, Canadá, Estados Unidos, Escócia e Noruega.

"Precisamos de uma mudança de rumo"

Num comunicado enviado à imprensa, os ativistas relatam a ação no aeroporto alemão, justificando-a com a exigência de que o Governo contribua para a elaboração e assinatura de um acordo internacional juridicamente vinculativo que regule o abandono progressivo do petróleo, do gás e do carvão a nível mundial até 2030.

Especificam que os movimentos envolvidos nos protestos apoiam conjuntamente uma iniciativa conhecida como "O petróleo mata", que exige um acordo internacional para a eliminação dos combustíveis fósseis.

Os ativistas explicam que na sua ação na Alemanha, simpatizantes da Última Geração cortaram a vedação de arame do aeroporto de Colónia/Bona em vários pequenos grupos e dirigiram-se para as pistas de descolagem e aterragem, alguns em bicicletas, para aderirem ao asfalto ali existente com uma mistura de areia e cola.

"Precisamos de uma mudança de rumo, de um acordo internacional sobre um abandono socialmente justo dos combustíveis fósseis até 2030. Por isso estamos a protestar nos aeroportos."


Com Lusa

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