O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu à BBC que terá que trabalhar arduamente caso Donald Trump venha a ganhar as presidenciais de novembro. O líder ucraniano parece também não ter dúvidas de que o desfecho da guerra na Ucrânia passa pelo fim de Putin.
"Temos de acabar com isto e temos de acabar com ele. Penso que é muito importante para o nosso povo, para o nosso país", afirma, referindo-se a Putin.
A guerra na Ucrânia arrasta-se há 877 dias e, noutro excerto da entrevista de Zelensky à BBC, a questão gira em torno da afirmação de Donald Trump de que poria fim ao conflito em poucas horas.
"A questão é saber qual é o preço. Se ele quiser fazer isso durante 24 horas, a maneira mais simples é pressionar-nos a pagar", acrescenta o Presidente da Ucrânia na mesma entrevista.
A relação ensaiada com Putin durante o mandato na casa Branca e o que Trump já deixou escapar, fazem Kiev concluir que o plano passará por ceder os territórios que a Rússia quer por força do corte da ajuda norte-americana.
Zelensky tem multiplicado os contactos internacionais e renovado apelos.
O chanceler alemão recusou liminarmente a intervenção nos céus da Ucrânia e o uso pelos ucranianos de armamento doado para atacar território russo.
No Conselho de Ministros britânico para o qual foi convidado, insistiu na autorização dos aliados para apontar os mísseis de maior alcance.
Noutra frente, Kiev tanta cativar voluntários para a guerra através de um projeto para operadores e pilotos de aeronaves não tripuladas. A Força Drone poderá ter mais sucesso do que o recrutamento para a frente de batalha que continua com falta de meios humanos.