O atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou durante a 115ª Convenção Nacional da NAACP, na sua primeira ação de campanha após a tentativa de assassinato de Donald Trump. O candidato democrata à Casa Branca aproveitou o ataque para apelar ao voto dos norte-americanos e comprometeu-se a retirar "as armas das ruas dos Estados Unidos".
Num discurso marcado pelo tema da violência nos Estados Unidos, Biden incidiu sobre a questão da legalização de armas como aquela que foi utilizada para tentar assassinar o seu rival, no passado sábado.
"Mais crianças nos Estados Unidos morreram devido a ferimentos de balas do que por qualquer outro motivo. É impressionante e doentio. E é pura covardia não fazermos nada para mudar isso".
"Foi usada uma AR-15 para disparar contra Donald Trump, tal como foi usada para matar tantos outros, incluindo crianças. Está na hora de proibir essas armas. Fi-lo uma vez e vou voltar a fazê-lo!".
Durante a Convenção que aconteceu em Las Vegas, disse também que um segundo Governo formado por Donald Trump e pelos republicanos iria acabar por "destruir" tudo aquilo que os democratas tinham construído até hoje nos Estados Unidos.
Aproveitou ainda para contrariar quaisquer críticas sobre a sua idade e afirmou possuir ainda capacidades para liderar o país por mais quatro anos.
"Espero que com a idade tenha demonstrado um pouco de sabedoria. Aqui está o que eu sei: eu sei como dizer a verdade. Eu sei o certo do errado. Eu sei como fazer esse trabalho e sei que Deus não nos trouxe até aqui para nos deixar, agora que há mais trabalho a fazer”, disse Biden.
30 anos depois, Biden volta a apelar ao fim da legalização de armas nos EUA
Decorria o ano de 1994 quando Joe Biden que, na altura ocupava o cargo de senador, esteve envolvido na aprovação de uma lei que proibia armas de assalto de estilo militar mas que terá caducado dez depois e não voltou a ser reestabelecida.
Foi ao lado do então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que Biden lutou para combater a criminalidade no país.