Mundo

Estados Unidos terão recebido informações sobre conspiração iraniana para assassinar Trump

Nos últimos dias têm sido levantadas novas questões sobre as falhas de segurança no comício no último fim de semana, em Butler, na Pensilvânia.

Gene J. Puskar - AP

SIC Notícias

Os Estados Unidos receberam informações de inteligência de uma fonte nas últimas semanas sobre uma conspiração iraniana para tentar assassinar o ex-presidente Donald Trump, revelou a CNN Internacional esta terça-feira, citando pessoas informadas sobre o assunto.

A CNN informou que não havia indicação de que Thomas Matthew Crooks tentou assassinar Trump no sábado estivesse ligado à conspiração.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou que as autoridades policiais que investigam o tiroteio "não identificaram ligações entre o atirador e qualquer cúmplice ou co-conspirador, estrangeiro ou nacional".

“Como já dissemos muitas vezes, temos monitorizado ameaças iranianas contra ex-funcionários do Governo Trump há anos, desde o último governo”, atirou Watson.
“Estas ameaças surgem do desejo do Irão vingar a morte de Qassem Soleimani. Consideramos isso uma questão de Segurança Nacional e interna da mais alta prioridade”, rematou.

Nos últimos dias têm sido levantadas novas questões sobre as falhas de segurança no comício de sábado em Butler, na Pensilvânia, e como um jovem de 20 anos conseguiu ter acesso a um telhado próximo para disparar vários tiros, acabando por ferir Donald Trump.

Uma autoridade de Segurança Nacional norte-americana disse que os Serviços Secretos e a campanha de Trump foram informados da ameaça antes do comício deste sábado.

Ao ter conhecimento da ameaça, a administração liderada por Joe Biden contactou altos funcionários dos serviços secretos para os alertar, revelaram duas autoridades dos Estados Unidos.

Irão prometeu vingança pela morte de Soleimani

O Irão prometeu repetidamente vingança pelo assassinato de Qasem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do exército iraniano, pelos militares norte-americanos, em janeiro de 2020.

Soleimani, que na altura era o general mais poderoso do Irão, foi num ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdad, no Iraque, quando Donald Trump era presidente.

Ex-altos funcionários do Governo Trump que trabalharam na Segurança Nacional têm tido uma segurança rigorosa desde que deixaram a Casa Branca.

O que se passou no sábado?

Os recursos adicionais não impediram o ataque de sábado num comício. Trump ficou ferido num evento de campanha na Pensilvânia, quando um homem disparou em direção ao palco onde o ex-presidente fazia um discurso.

Uma das balas atingiu a sua orelha direita, causando um ferimento leve. Um ex-bombeiro identificado como Corey Comperatore, de 50 anos, morreu enquanto protegia a sua família dos tiros disparados por Thomas Crooks, de 20, que acabou morto pelas autoridades.

Últimas