O maior hospital pediátrico da Ucrânia foi um dos alvos dos 40 mísseis russos que atingiram esta segunda-feira cinco cidades. Há centenas de vítimas. O Presidente da Ucrânia, Volodymy Zelensky, pede uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
No centro de Kiev, o míssil de cruzeiro russo atingiu a meio da manhã o maior hospital pediátrico da Ucrânia. A explosão destruiu uma das alas do hospital, a de doenças infeciosas. Surpreendeu pessoal médico, doentes e acompanhantes.
"Nunca pensei que uma coisa destas pudesse acontecer, que pudesse haver ataques a um hospital com crianças doentes, que pudesse haver ataques a um hospital com crianças doentes. Não há palavras para descrever".
Centenas de voluntários organizaram-se de imediato para encontrar sobreviventes nos escombros.
Outra das prioridades foi evacuar as instalações deste hospital, onde são tratadas anualmente 20 mil crianças.
Os pequenos pacientes, muitos com patologias e doenças graves, aguardaram horas a fio na rua pelo evoluir da situação.
A Rússia negou já o ataque. Atribuiu a destruição do hospital à queda de um míssil da defesa antiaérea ucraniana.
Ainda na capital, houve mais áreas bombardeadas nesta ofensiva em grande escala: outro hospital e o bairro residencial de Lukyanovka. Fica nas imediações de uma fábrica de equipamentos de aviação e foi já anteriormente bombardeada.
"Começou tudo a cair e eu escondi-me o melhor que pude. Ainda me cortei. Consegui esconder-me, mas sobrevivi por milagre".
À luz do dia, e além de Kiev, outras quatro regiões foram o alvo desta ofensiva russa em grande escala.
40 mísseis de longo alcance provocaram centenas de vítimas em Dnipro, em Sloviansk, em Kramatorsk e em Kryvyï Rig, a cidade natal de Zelensky.
De visita à Polónia, o Presidente pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas. Exigiu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e jurou vingança: "Claro que vamos responder a estes selvagens da Rússia".
O ataque da Rússia acontece na véspera da cimeira anual da NATO, em Washington. A reunião será dominada pela ajuda bélica à Ucrânia e pelas discussões entre os países membros da maior organização militar do mundo para reforçar a capacidade e os sistemas da defesa antiaérea de Kiev.