As primeiras imagens foram partilhadas rede Telegram pelo presidente ucraniano. O vídeo mostra os estragos provocados pelos mísseis russos no maior hospital pediátrico do país, em Kiev. O ataque, em plena luz do dia, fez ruir uma parte do edifício e provocou um incêndio.
As equipas de socorro e dezenas de civis trabalham em contra relógio para encontrar sobreviventes debaixo dos escombros. O número de mortos e feridos não param de aumentar.
Ao final da manhã, as sirenes voltaram a ouvir-se em Kiev, dando indicação às pessoas para recolherem aos abrigos. A correspondente da SIC Iryna Shev estava em reportagem quando se ouviu uma nova explosão na capital ucraniana.
Este foi um dos maiores ataques contra a capital desde que começou a ofensiva russa em fevereiro de 2022. A Comissão Europeia acusa a Rússia de quebrar "demasiadas vezes" as leis da guerra e considera que atingir um hospital pediátrico é "para lá de cruel".
Volodymyr Zelensky diz que a Rússia não pode alegar onde caem os mísseis e deve ser responsabilizada por todos os crimes que comete.
O ministro russo da defesa negou o ataque e diz que os estragos em Kiev, nomeadamente no hospital pediátrico, foram provocados pelas defesas aéreas ucranianas.
"Numerosas fotografias e imagens de vídeo publicadas em Kiev confirmam inequivocamente a destruição causada pela queda de um míssil de defesa aérea ucraniano lançado de um sistema de mísseis antiaéreos na cidade", afirmou o Ministério da Defesa da Rússia em comunicado.
No mesmo documento, o ministério considera falsas as declarações ucranianas sobre um ataque de Moscovo que teria atingido diretamente um hospital civil em Kiev, sem fornecer de imediato as "fotografias e imagens de vídeo citadas para sustentar as acusações".
Além de Kiev, outras quatro cidades foram atingidas por 40 mísseis que destruíram edifícios habitacionais e infra estruturas e provocaram dezenas de mortos e feridos.
Com LUSA