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Ataque a hospital pediátrico na Ucrânia: "Depois do choro e da raiva, é tempo de trabalhar"

Um ataque em plena luz do dia ao maior hospital pediátrico da Ucrânia fez dezenas de feridos e, pelo menos, 10 mortos. Parte do edifício ruiu. A correspondente da SIC, Iryna Shev, esteve no interior do hospital e relatou os estragos.

Iryna Shev

Rita Rogado

Os funcionários do hospital pediátrico em Kiev atingido pelas forças russas limpam agora os destroços do ataque com mísseis. O relato é da correspondente da SIC na Ucrânia, Iryna Shev.

Foi um dos maiores ataques contra a capital desde o início da guerra.

A jornalista esteve nas urgências, onde as crianças aguardavam com os pais para serem assistidos por médicos. Alguns brinquedos continuam intactos, mas desta vez rodeados de estilhaços de vidro.

Iryna regista imagens de uma auxiliar a limpar os estragos, uma características que diz ser dos ucranianos. São "rápidos a reagir", refere.

Uma das auxiliares relatou à correspondente da SIC que já teve tempo "de chorar e de estar com raiva", agora diz que é tempo de "começar a trabalhar".

No maior hospital pediátrico da Ucrânia, toda a ajuda conta. No local estão civis, militares, voluntários, equipas de primeiros socorros, médicos do hospital e até de outros hospitais, relata Iryna Shev. Trabalham em contrarelógio para encontrar sobreviventes debaixo dos escombros.

Pelo menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas no ataque com mísseis russos ao hospital pediátrico. O ataque, em plena luz do dia, fez ruir uma parte do edifício e provocou um incêndio.

A Rússia nega a autoria do ataque e diz que os estragos em Kiev foram provocados pelas defesas aéreas ucranianas.

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