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"Os britânicos já estão muito fartos da agitação política": será o fim dos conservadores no Reino Unido?

Já abriram as urnas no Reino Unido. O Partido Trabalhista pode alcançar um resultado histórico e pôr fim a 14 anos de liderança conservadora no país. Segundo as últimas sondagens, tudo aponta para uma derrota pesada para Rishi Sunak. Que desafios terá o novo Governo no contexto internacional? Pedro Cordeiro, enviado especial do Expresso, responde.

SIC Notícias

As eleições legislativas desta quinta-feira, no Reino Unido, poderão pôr fim a 14 anos de liderança conservadora no país. Tudo indica que Rishi Sunak, o primeiro-ministro em funções, será derrotado, porque os "britânicos querem alguém que resolva problemas práticos" e o "líder trabalhista, Keir Starmer, tem cultivado essa imagem", explicou o enviado especial do Expresso, Pedro Cordeiro.

"Há uma agitação política que parece que os britânicos já estão muito fartos. O Reino Unido precisa de um Governo que aplique medidas e não um Governo que se consuma em casos", acrescentou o jornalista na Edição da Manhã, da SIC Notícias.

Com esta provável mudança no Reino Unido é esperado "um pouco mais de calma e normalidade", até porque o líder do partido Trabalhista "quer promover uma relação melhor com a União Europeia".

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Para Pedro Cordeiro, os sucessivos casos dos últimos anos que envolveram membros do Governo, ou situações como o Brexit, têm, de facto, um grande peso nestas eleições. Desde logo com Boris Johnson a ser um "perturbador de uma certa normalidade democrática que os britânicos apreciam", à saída da União Europeia, que também é algo que "não sentem benefícios no dia a dia nem na algibeira".

"Boris Johnson fez estragos irreparáveis e, ainda por cima, Liz Truss fez aumentar esse descrédito ao durar apenas um mês e meio. As propostas económicas tão irresponsáveis deixaram o país e os mercados em pânico", considerou o enviado especial do Expresso.

O jornalista, no entanto, acredita ser "natural" que qualquer partido que fique 14 anos no Governo, "crie algum fastio entre a população e alguma vontade de alternância democrática".

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Com duas guerras em curso e um possível novo presidente dos Estados Unidos nos próximos meses, o Governo do Reino Unido vai enfrentar diversos desafios, segundo Pedro Cordeiro. Desde a confiança económica, ao bom funcionamento dos serviços públicos e, ao mesmo tempo, desenvolver um posicionamento do Reino Unido perante a Europa e o mundo e uma relação especial com os EUA.

              

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