No 18.º bairro de Paris organiza-se o material a distribuir pelas mesas de voto. Os funcionários do município tiveram três semanas de preparação entre as últimas e as próximas eleições. Sinal do interesse nestas legislativas foi o aumento de votos antecipados. 10% dos eleitores de Montmartre já escolheram.
Será a União Nacional de Marine Le Pen a celebrar? As sondagens dão-lhe a passagem à segunda volta com 36% das intenções de voto. Seguem-se a coligação de esquerda com cerca de 27% e a coligação Juntos, de Emmanuel Macron, com 20% dos votos.
"Não sabemos o que vai fazer a França Insubmissa, o partido mais radical desta coligação à esquerda, e não sabemos o que vai fazer o partido de Macron, que é essencial nas próximas eleições. Se os macronistas se recusarem a retirar os seus candidatos à Frente Popular, quando a Frente Popular está em segundo e o candidato deles em terceiro, isso levará, claro, a um aumento de votos para a União Nacional", explica Vincent Martingny, professor de ciência política.
Em dia de aniversário da força aérea francesa, o povo acorreu a Versalhes para ver as proezas. Marine Le Pen, a líder da extrema-direita levantou a questão de quem seria o próximo responsável militar se a União Nacional ganhar. O assunto irritou o presidente, também ele chefe das forças armadas, eleito para o cargo até 2027.
"Que arrogância! Todos os cargos já foram atribuídos, já estão em funcionamento. Resta saber em que modalidades, mas os franceses não escolheram. Quem são eles para dizer como deve ser a Constituição? Quem são eles?", disse o presidente francês, Emmanuel Macron.
No domingo se saberá.