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Primeira-ministra italiana foi a única que votou contra o nome de António Costa para o Conselho Europeu

O antigo primeiro-ministro, António Costa, foi eleito novo presidente do Conselho Europeu. A decisão foi tomada por uma maioria qualificada dos líderes dos 27 Estados-membros. A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, foi a única líder europeia que votou contra o nome do socialista. Não votou a favor por considerar ser uma proposta "errada no método e na substância".

Giorgia Meloni
GUGLIELMO MANGIAPANE/Reuters

Mariana Jerónimo

A escolha de António Costa para assumir a presidência do Conselho Europeu foi unânime entre quase todos os líderes dos 27 Estados-membros. Este "quase" deveu-se à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que foi a única a votar contra o nome do socialista. 

Segundo a Lusa, Meloni também se absteve na escolha de Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia e da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

A atitude da primeira-ministra italiana não foi uma surpresa para ninguém já que, esta quarta-feira, mostrou o seu desagrado perante as negociações para distribuir os cargos de topo.

A Itália já tinha manifestado que queria uma vice-presidência da Comissão Europeia e uma pasta importante para o futuro comissário italiano.

Meloni justifica o seu voto contra

A primeira-ministra italiana recorreu à rede social X (antigo Twitter) para justificar o seu voto contra a proposta apresentada para as novas lideranças na União Europeia (UE). Considera que esta é "errada no método e na substância".

Acrescentou que a sua decisão teve como base o "respeito aos cidadãos e às indicações que vieram desses cidadãos durante as eleições" para o Parlamento Europeu, realizadas no dia 9 de junho.

O partido de Giorgia Meloni venceu as eleições europeias na Itália com mais quatro pontos percentuais do que o Partido Democrata, de centro-esquerda. Ao todo conseguiu quase 30% dos votos.

Na mesma publicação garantiu que vai "continuar a trabalhar para finalmente dar à Itália o peso que merece na Europa".

Com Lusa

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