A 5 de junho a construtora de aviões norte-americana Boeing transportou, pela primeira vez, astronautas para a Estação Espacial Internacional (EEI), a bordo da sua nave Starliner, numa missão de teste que ocorreu após sucessivos adiamentos.
O previsto seria que a missão espacial durasse apenas oito dias mas quase 20 dias depois os dois astronautas veteranos da NASA, Suni Williams e Butch Wilmor, continuam a "navegar" pelo espaço. Os planos iniciais da Boeing alteraram-se quando começaram a surgir vários problemas que impossibilitavam o regresso dos astronautas ao planeta Terra.
O regresso de Suni Williams e Butch Wilmor, ambos com 500 dias de experiência em voos espaciais, já foi adiado pelo menos três vezes e ate à data não existe qualquer previsão quando tal vai acontecer.
Como explica a Reuters, a cápsula Starliner já sofreu cinco fugas de hélio, cinco propulsores de manobra pararam e uma válvula de propulsão não conseguiu fechar completamente desde a sua descolagem no inicio do mês.
O Starliner pode permanecer na Estação Espacial Internacional (EEI) por 45 dias sendo que, excecionalmente devido a implicações que impeçam o seu regresso, este número possa ser alargado até um total de 72 dias graças a sistemas de backup.
À Reuters, uma fonte interna da NASA, revelou que a última data prevista para o regresso dos astronautas é no próximo dia 6 de julho. Um mês depois da nave Starliner ter descolado da Estação da Força Espacial do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.
E se o Starliner não conseguir regressar ao planeta Terra?
Neste tipo de situações todos os cenários são minuciosamente analisados para garantir a segurança dos astronautas. A NASA prevê que a Starliner seja capaz de devolver os astronautas, no entanto, os planos podem voltar a alterar-se.
Caso se confirme que a nave da Boeing não consegue transportar, Suni Williams e Butch Wilmor poderá ser acionado o 'Crew Dragon' da SpaceX, a empresa concorrente que pertence ao magnata Elon Musk.
O que resultaria numa derrota para a Boeing que, nos últimos meses, tem sido investigada por falhas de segurança nos seus aviões. Esta missão teste tinha como objetivo provar que a empresa é segurança e capaz de competir no mundo dos grandes construtores espaciais.
No entanto, membros da NASA e da Boeing garantiram à Reuters que face ao atual cenário não será necessário recorrer a essa opção.