O presidente da Rússia admitiu, nesta quinta-feira, estar a ponderar alterar a política sobre a utilização de armas nucleares. Atualmente, permite a utilização em caso de ameaças externas, mas desde o início da guerra que os analistas russos pedem uma doutrina mais permissiva.
A doutrina existente refere que a Rússia pode usar armas nucleares em resposta a um ataque do tipo ou no caso de uma ofensiva convencional que represente uma ameaça existencial ao Estado.
"Estão a surgir novos elementos, ou pelo menos, sabemos que um provável adversário está a trabalhar nesse sentido, relacionados com a redução do limiar de utilização de armas nucleares. Concretamente, estão a ser desenvolvidos dispositivos nucleares explosivos de potência extremamente baixa", começou por dizer Vladimir Putin.
E acrescentou:
"Sabemos que, nos círculos de especialistas do Ocidente, há que esses meios de destruição podem ser utilizados e que não há nada de particularmente terrível nisso. Pode não haver nada de terrível, mas temos de estar atentos a isto".
Depois de uma deslocação de dois dias à Coreia do Norte, Putin está a visitar o Vietname, onde já foram assinados cerca de uma dezena acordos de cooperação em matéria de energia, ciência e educação, além de uma declaração conjunta para aprofundar a relação histórica dos dois países.