O Presidente da Ucrânia tem-se multiplicado em viagens - de Bruxelas seguiu para Madrid, Lisboa, Berlim, ontem esteve na Arábia Saudita, hoje vai estar em Itália e, durante o fim de semana, estará na Suíça -, para reunir apoios para a Cimeira de Paz.
Germano Almeida destaca a visita surpresa à Arábia Saudita - "muito importante na minha opinião" o encontro em Jeddah com o príncipe Bin Salman. A Arábia Saudita foi a recusa mais dececionante para Zelensky, tinha ela própria promovido a anterior Cimeira da Paz e embora o príncipe Salman não lhe tenha dito que vai estar na Suíça, "a verdade é que se dispôs a ser um país dentro daquilo que são os interesses de Zelensky".
Na Suíça vão marcar presença os principais líderes mundiais, mas não deverá ser firmado um acordo de paz.
"Não vai haver a paz no fim de semana, porque obviamente a paz não se faz não estando quem está a agredir".
Para Germano Almeida "o que vai haver é um reforço e uma credibilização da fórmula que Zelensky apresentou logo depois do início da guerra da Ucrânia, uma fórmula com 10 pontos a exigir a paragem da agressão russa, a retirada das tropas russas, uma arquitetura de segurança que impeça uma nova ofensiva do estilo que a Rússia está a fazer na Ucrânia e um tribunal que puna aquilo que a Rússia está a fazer".
"Naturalmente que estes pontos não são para resolver no fim de semana, mas podem avançar outros três pontos: a questão da segurança alimentar, a questão da segurança nuclear e a questão da troca de prisioneiros de guerra. Relativamente a isso, pode haver um grande consenso relativamente a países que vão estar alguns deles mais próximos da esfera russa".