Maria João Tomás afirma que, neste momento, a China “tem a Rússia na mão”. A comentadora SIC analisou a atual relação entre os dois países que chegaram a ser adversários, mas, agora, são membros de uma “aliança interessante”.
A comentadora sublinha que se, durante o tempo da “Guerra Fria”, Rússia e China tinham “modelos de comunismo diferentes” e chegaram mesmo até à “disputa de território”, hoje a situação é bem diferente.
Os dois países são aliados, apesarem de terem “posturas completamente diferentes”, assinala Maria João Tomás.
“Enquanto a Rússia, quando se sente ameaçada, invade”, aponta a comentadora, a China "pensa a longo prazo” e “adapta-se às circunstâncias”. “É muito mais cautelosa.”
Rússia e China são parceiros em termos militares - participando na mesma “organização antiocidental”, a Cooperação de Xangai – e em termos económicos, mas Maria João Tomás sublinha que a China “nunca pensa em alianças”, mas, sim, nos próprios “interesses e objetivos”.
“Com as sanções que lhe foram impostas, a Rússia tem um mercado limitado. A China é o seu principal cliente e a Rússia precisa de dinheiro para alimentar a máquina de guerra. E a China consegue que a Rússia faça aquilo de que ela precisa”, repara a comentadora.
“A China só revela aquilo que quer. Só vamos descobrir o que está a fazer quando já estiver tudo feito. E aí vai ser tarde demais”, conclui.