Donald Trump anuncia que vai recorrer da decisão judicial em que é declarado culpado, num processo de encobrimento de um escândalo sexual. Com esta decisão, Trump torna-se no primeiro presidente norte-americano condenado por um crime.
Em declarações feitas, esta sexta-feira, na Trump Tower, em Nova Iorque, o antigo presidente dos Estados Unidos da América (EUA) afirmou que o julgamento em causa era uma tentativa de atrapalhar a candidatura deste às eleições presidenciais deste ano, sublinhando a tese de perseguição política.
“Se me fazem isto a mim, podem fazer a isto a qualquer um”, atirou Donald Trump, durante o discurso que durou mais de meia-hora e no qual não aceitou responder às perguntas dos jornalistas.
“Foi um julgamento manipulado", continuou. “Queríamos outro juiz, que não tivesse conflitos de interesses.”
Donald Trump foi declarado culpado, na quinta-feira, de 34 crimes, no julgamento criminal em que era acusado de ter falsificado documentos para encobrir um escândalo sexual. A pena máxima para o crime em causa é de quatro anos de prisão.
Trump será novamente o candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas, que acontecem em novembro – e onde disputa a eleição com o atual chefe de Estado dos EUA, o democrata Joe Biden. Mas uma pena de prisão não impede que Donald Trump faça campanha eleitoral ou que assuma mesmo o cargo de presidente, caso vença as eleições.
Biden pede dinheiro para “travar Trump”
Após as declarações de Trump, o presidente dos EUA – e adversário do republicano na corrida eleitoral -, Joe Biden, recorreu à rede social X, para classificá-lo como uma ameaça à democracia.
“Donald Trump está a ameaçar a democracia. Primeiro, questionou o nosso sistema eleitoral. Depois, questionou o nosso sistema judicial”, reagiu Biden.
O chefe de Estado norte-americano termina fazendo um pedido de donativos aos cidadãos para “parar Trump”.
“Pode travá-lo”, apela Joe Biden na publicação, em que partilha uma ligação para uma campanha de donativos para “travar Trump”.