As praças de touros na Colômbia vão (mesmo) deixar de poder fazer espectáculos de touradas. O Parlamento aprovou a proibição com uma maioria esmagadora: 93 votos a favor e apenas dois votos contra. Para os proponentes, este foi um passo civilizacional.
“Hoje temos um país que diz que nenhuma forma de tortura pode ser considerada cultura neste mundo. Hoje a Colômbia é um exemplo para o mundo, porque estamos a tornar-nos uma sociedade menos violenta e, por conseguinte, mais civilizada”, sustenta o deputado Juan Carlos Losada.
Há sete anos que a Colômbia discutia e tentava proibir touradas. Para os ativistas dos direitos dos animais esta é uma “vitória”.
“Não é uma vitória para nós, é uma vitória para os animais. Esta vitória é mais um passo na construção de uma sociedade digna, e para dignificar os seres humanos”, destaca a deputada Esmeralda Hernandez.
Menos satisfeitos estão os que consideram a tourada uma forma de cultura e veem esta decisão como um ataque à sobrevivência económica de quem trata, alimenta e transporta os touros.
Os próximos três anos serão de transição para ajudar quem trabalha no ramo a encontrar novas formas de rendimento.
Antes da Colômbia, já Brasil e Argentina tinham ilegalizado as touradas. Restam agora sete países que mantêm a tradição: Venezuela, Peru, Equador, México, França, Espanha e… Portugal.