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Extrema-direita vai conseguir super bancada no Parlamento Europeu?

As projeções indicam um novo crescimento da extrema-direita no Parlamento Europeu. No entanto, será que os eurocéticos, nacionalistas e iliberais conseguirão formar uma super bancada em Bruxelas?

Susana Frexes

Bruno Andrade

Vários partidos já declararam que não querem alianças com a direita radical, mas o Partido Popular Europeu não fecha totalmente as portas a esta possibilidade. Até onde irá a cerca sanitária?

Marine Le Pen teve um desentendimento com os parceiros da extrema-direita alemã devido a declarações polémicas sobre as SS de Hitler, que podem complicar a sua corrida à presidência de França. Como resultado, o partido francês forçou a expulsão da Alternativa para a Alemanha (AfD) da bancada que partilhavam no Parlamento Europeu.

Mas será essa a única manobra do União Nacional de Le Pen? Com as projeções apontar para o crescimento dos dois grupos da direita radical e extrema-direita, surge novamente a questão de se conseguirão se unir para formar uma super bancada.

Os analistas duvidam dessa fusão, especialmente porque o grupo dos Conservadores e Reformistas, ao qual pertence a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, é pró-Ucrânia, enquanto o Identidade e Democracia, liderado por Le Pen e Salvini, é predominantemente pró-Rússia.

Mesmo sem conseguirem unir-se, os dois grupos mais à direita vão tentar aumentar o poder. Até agora, tem prevalecido um cordão sanitário em torno do grupo Identidade e Democracia, ao qual pertence o partido Chega, devido a posições que ameaçam os valores europeus.

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