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Mais de cem jornalistas mortos desde o início da guerra em Gaza

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, são homenageados os jornalistas palestinianos. Portugal está entre os oito países do mundo onde a comunicação social é mais livre.

Teresa Canto Noronha

Mais de uma centena de jornalistas, repórteres e técnicos de áudio e vídeo foram mortos nos sete meses de guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza. As Nações Unidas sublinham que é um ataque à liberdade de imprensa, que se assinala, esta sexta-feira, em todo mundo.

O prémio de Liberdade de Imprensa foi atribuído, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), aos jornalistas palestinianos que trabalham em Gaza.

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, as Nações Unidas sublinham a importância do trabalho de informação e investigação.

“As Nações Unidas reconhecem o trabalho inestimável dos jornalistas e dos profissionais da comunicação social para garantir que o público se mantém informado e envolvido. Sem factos, não podemos combater a desinformação. Sem responsabilização, não teremos políticas fortes em vigor. Sem liberdade de imprensa, não teremos qualquer liberdade. Uma imprensa livre não é uma escolha, mas uma necessidade”, defendeu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Também a Amnistia Internacional lembra que a atividade jornalística continua a ser um ato de coragem, em muitos locais.

Só este ano, até ao final de abril, já foram mortos 25 jornalistas, em todo o mundo.

Dos 99 que morreram em 2023, mais de três quartos foram assassinados na Faixa de Gaza.

A China, a Rússia, a Síria e o Afeganistão, além de vários países africanos, estão no fundo da tabela da liberdade de imprensa, sendo territórios onde o jornalismo é mais controlado, perseguido ou até mesmo proibido.

Já o Luxemburgo, a Noruega, a Suíça e a Dinamarca estão entre os países onde a imprensa é mais livre.

Portugal subiu no ranking, no último ano. Está agora no lote dos oito países onde há mais liberdade de imprensa em todo o mundo.

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