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UE estuda como aplicar mais sanções contra o Irão sem agravar tensões

O chefe da diplomacia europeia afirma que o Médio Oriente não pode cair no abismo, mas há vários Estados-membros a pedir castigos mais pesados para Teerão.

Susana Frexes

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) reforçaram, esta terça-feira, o apelo à contenção de Israel e do Irão. O chefe da diplomacia europeia afirma que é preciso que recuar, evitar a retaliação e uma escalada que leve a uma guerra regional. A UE vai estudar a possibilidade de alargar as sanções existentes, mas sem agravar mais o clima de tensão.

“Hoje, os ministros assumiram uma posição forte ao apelar a toda as partes na região que se afastem do abismo, que não caiam nele", afirmou Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, no final da reunião por videoconferência.

O apelo é à contenção de todas as partes - recado tanto para Teerão como para Telavive, para onde a chefe da diplomacia alemã viajou esta terça-feira, depois de uma passagem pela Jordânia.

“Iremos discutir a forma de evitar uma nova escalada de violência”, declarou Annalena Baerbock, ministra alemã dos Negócios Estrangeiros.

Vários Estados-membros pedem também mais sanções contra Teerão. Atualmente, estão já em vigor medidas que proíbem a exportação de componentes que possam ser usados pelo Irão para construir drones usados pela Rússia contra a Ucrânia. Mas os serviços europeus vão estudar de que forma é possível alargar estas sanções, e incluir também os componentes para a construção de misseis, mas sem esquecer o objetivo de não dar gás à tensão.

“Um ataca o outro, o outro responde, depois o outro também responde, e se, a cada passo deste jogo, o nível da resposta aumentar, no final, vamos estar numa guerra total”, sublinhou Josep Borrell.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros chamou, esta terça-feira, o embaixador do Irão em Portugal, para condenar o ataque a Israel e para renovar a exigência da libertação imediata do navio português capturado no estreito de Ormuz.

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