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Fome em África agrava-se: situação dramática deixa 55 milhões de pessoas em risco

A fome e a má nutrição continuam a aumentar no centro e oeste de África. As Nações Unidas dizem que há 55 milhões de pessoas em risco, o que representa um aumento de quatro milhões em poucos meses.

Teresa Canto Noronha

As guerras, a seca extrema e a instabilidade económica estão a empurrar milhões de pessoas para a fome e as consequências da má nutrição. No centro e no oeste de África, a situação é dramática.

As Nações Unidas falam em 55 milhões de pessoas em risco. Mais quatro milhões do que no ano passado. Do Gana à Somália. Do Mali, ao Chade e, sobretudo ao Sudão, onde os conflitos armados estão a obrigar a população a abandonar as aldeias e vilas e a fugir para campos improvisados e sem quaisquer condições.

A guerra e a seca levaram a um aumento de mais de 100% do preço dos cereais, que são a base da alimentação de milhões de africanos. Duas em cada três famílias não têm dinheiro para comprar comida. E oito em cada 10 crianças, com idades entre os seis meses e os dois anos, não comem o suficiente para poderem crescer de forma saudável.

O Programa Alimentar Mundial avisa que as agências internacionais precisam de ajuda urgente para que se possam evitar centenas de milhar de mortes, nos próximos meses.

E que os doadores mais ricos têm de participar mais ativamente em programas que garantam um futuro saudável para os milhões que vivem com dificuldades no continente africano.


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