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2023 foi ano mais quente desde que há registo

Os glaciares sofreram a maior perda de volume alguma vez registada e a temperatura dos oceanos foi também a mais alta de sempre. A Organização Meteorológica Mundial alerta que as alterações climáticas podem trazer inúmeros desafios.

SIC Notícias

O mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial dá conta de uma subida das temperaturas do ar e da água, no ano passado. A organização alerta para as consequências humana e económicas das alterações climáticas.

O planeta viveu o ano mais quente de sempre, com uma temperatura média junto à superfície a ultrapassar o nível pré-industrial em quase um grau e meio.

“A Terra está a emitir um pedido de socorro. O último relatório sobre o estado do clima global mostra um planeta à beira do abismo”, afirmou António Guterres.

Os glaciares sofreram a maior perda de volume alguma vez registada e a temperatura dos oceanos foi também a mais alta de sempre.

A Organização Meteorológica Mundial alerta que as alterações climáticas podem trazer inúmeros desafios para a humanidade, como milhares de mortes, insegurança alimentar e aumento das desigualdades económicas e sociais.

O relatório da organização é divulgado em vésperas de uma importante reunião dedicada às questões climáticas, que acontece já esta semana em Copenhaga, e que junta ministros e líderes do ambiente pela primeira em 2024.

Causas para o aumento das temperaturas

A Organização Meteorológica Mundial aponta duas grandes causas para esta subida, entre elas o aumento contínuo da concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera e fenómeno meteorológico El Niño, em março de 2023, que fez subir as temperaturas tanto do ar como da água. Também no mar as temperaturas atingiram máximos históricos.

No Oceano Atlântico as águas chegaram a estar três graus acima da média.

Também zonas como o Golfo do México, as Caraíbas e a Antártida registaram ondas de calor marinhas, um fenómeno que se estima que tenha afetado 90% do oceano .


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