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Netanyahu comunica a Biden determinação em "atingir todos os objetivos da guerra"

Benjamin Netanyahu e Joe Biden tiveram a primeira conversa telefónica desde há mais de um mês. O Presidente dos Estados Unidos deu apoio incondicional a Israel desde o início da guerra, mas ultimamente tem manifestado algum distanciamento de Netanyahu.

Ronen Zvulun

Lusa

O gabinete do primeiro-ministro israelita indicou esta segunda-feira que Benjamin Netanyahu comunicou ao Presidente dos EUA, Joe Biden, a sua "determinação" em "atingir todos os objetivos da guerra" em Gaza, incluindo a eliminação do Hamas.

"Discutimos os últimos desenvolvimentos da guerra incluindo o empenhamento de Israel em atingir todos os objetivos da guerra: eliminação do Hamas, libertação de todos os nossos reféns, assegurar que Gaza não constitua uma ameaça para Israel e fornecendo a ajuda humanitária necessária" à população civil, declarou o gabinete de Netanyahu no comunicado após o contacto telefónico entre os dois líderes.

Segundo a Casa Branca, esta foi a primeira conversa telefónica entre os dois aliados desde há mais de um mês.

Biden, que forneceu um apoio praticamente incondicional a Israel desde o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, tem manifestado ultimamente algum distanciamento face a Netanyahu.

Recentemente considerou que o primeiro-ministro israelita "faz pior que melhor" ao seu país devido à conduta da guerra na Faixa de Gaza, onde as mortes de civis não cessam de aumentar, a par do agravamento de uma situação humanitária catastrófica.

Biden também saudou o "bom discurso" do chefe dos senadores democratas, Chuck Schumer, que defendeu eleições gerais em Israel.

Os EUA têm manifestado reservas sobre a ofensiva que Netanyahu pretende desencadear em Rafah para eliminar o que define de "últimos batalhões do Hamas", e quando 1,5 milhões de civis, na maioria deslocados internos, permanecem concentrados nessa cidade do sul da Faixa de Gaza, junto à fronteira com o Egito.

No domingo, o primeiro-ministro israelita advertiu que a "pressão internacional" não o impedirá de desencadear esta operação, mas assegurando que não terá início enquanto a população permanecer "concentrada no local".

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