Segundo as projeções, Putin conquistou o seu quinto mandato como chefe de Estado da Rússia, que deverá manter-se até ao ano de 2030. As eleições presidenciais terminaram este domingo.
A taxa de participação, a três horas do encerramento das urnas, era superior a 74%, o que deverá constituir um máximo histórico desde as primeiras eleições presidenciais diretas na Rússia, em 1991.
"A adesão às urnas subiu por causa desta ação da oposição russa. Fez com que muitas pessoas fossem votar, que ou votaram noutros candidatos, ou estragaram o boletim", referiu o comentador da SIC José Milhazes.
Os resultados da eleições deste ano fizeram com que Putin tivesse a sua maior vitória eleitoral desde que chegou ao poder em 2000, apesar da guerra na Ucrânia e das sanções económicas do Ocidente.
"Putin fez tudo para que os russos pensassem que é a Rússia que está a ser atacada e cercada por inimigos", acrescentou o comentador da SIC.
E acrescentou:
"O que é certo é que Putin, a partir de agora, pode dizer que está legitimado para todo o tipo de ações, por exemplo, na Ucrânia, e em continuar em confronto com o Ocidente".
Para além disso, José Milhazes disse ainda que "a repressão vai continuar e uma força da oposição organizada na Rússia é muito difícil de prever".