Numa entrevista à agência de notícias e à televisão estatais da Rússia, Vladimir Putin diz que o país está pronto para uma guerra nuclear e garante que irá enviar tropas para a fronteira com a Finlândia, depois de o país aderir à NATO.
O Presidente russo garante que, caso os Estados Unidos enviem tropas para território russo ou ucraniano, o Kremlin verá essa medida como uma intervenção direta no conflito e uma violação da soberania nacional.
"As armas existem para serem usadas (...) Temos os nossos próprios princípios", declara.
Acrescenta que o país continua em estado de prontidão para o combate, mas que refere que o contexto atual ainda não implicou a necessidade de utilizar armamento nuclear.
"A Rússia está pronta para negociações sobre a Ucrânia, mas devem ser baseadas na realidade - e não em desejos após o uso de drogas psicotrópicas", afirma.
Sobre a adesão à NATO por parte da Suécia e da Finlândia, Putin diz que este é um "passo sem sentido" do ponto de vista dos interesses nacionais e faz saber que irá reforçar a presença militar junto à extensa fronteira com a Finlândia, assim que a entrada na Aliança for oficializada.
Garante ainda que, para além de militares, serão enviados também sistemas de destruição, mas sem especificar o tipo de armamento.
As eleições norte-americanas
Na mesma entrevista aborda ainda as eleições presidenciais norte-americanas, que acontecem em novembro deste ano. O chefe de Estado russo informa que irá trabalhar com qualquer que seja o Presidente eleito.
O líder russo garante que o país não vai interferir nas presidenciais e que vai respeitar a escolha dos norte-americanos.
No mês passado, Putin disse que preferia que fosse Joe Biden a vencer as eleições por ser mais experiente e previsível do que o ex-presidente, Donald Trump.