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Hamas exclui "qualquer cedência" em exigências para cessar-fogo

Os EUA, o Qatar e o Egito estão a tentar alcançar um acordo sobre uma pausa nos combates antes do Ramadão, que começa no início da próxima semana, mas as negociações realizadas esta semana no Cairo revelaram-se infrutíferas.

Mohammed Salem

SIC Notícias

Lusa

O Hamas indicou, esta sexta-feira, que não fará "qualquer cedência" quanto às exigências de um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza e da retirada das tropas israelitas em troca de qualquer acordo sobre a libertação de reféns.

"A nossa prioridade 'número um', antes de qualquer acordo sobre uma troca de prisioneiros, é a garantia total do fim da agressão (...) e da retirada do inimigo" da Faixa de Gaza, "e não haverá qualquer cedência em relação a isso", declarou Abu Obeida, porta-voz das brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, num discurso transmitido pela televisão.

O Hamas exige também o regresso às suas casas de centenas de milhares de civis deslocados pela guerra em curso há cinco meses e o início da reconstrução do território palestiniano.

Por seu lado, Israel exige que o Hamas forneça uma lista precisa dos reféns ainda vivos em cativeiro em Gaza, mas o movimento islamita disse ignorar quem, de entre eles, está "vivo ou morto".

Abu Obeida apelou igualmente aos palestinianos para "se mobilizarem" e "afluírem" durante o Ramadão, o mês sagrado de jejum muçulmano, à mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, onde se temem tensões neste período, após cinco meses de guerra em Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano.

Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito estão a tentar alcançar um acordo sobre uma pausa nos combates antes do Ramadão, que começa no início da próxima semana, mas as negociações realizadas esta semana no Cairo revelaram-se infrutíferas.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, alertou esta semana para uma situação "muito perigosa" em Israel e, em particular, em Jerusalém, se os combates prosseguirem durante o Ramadão.

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