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Hamas diz que trégua é possível em 24/48 horas se Israel aceitar exigências

No sábado Israel aceitou genericamente um acordo de cessar-fogo em Gaza. As negociações entre as duas partes são retomadas hoje no Cairo.

SIC Notícias

Lusa

Um alto funcionário do Hamas disse hoje que será possível uma trégua na Faixa de Gaza "dentro de 24 a 48 horas" mas apenas se Israel aceitar as exigências do movimento islâmico palestiniano, disse fonte oficial à AFP.

"Se Israel concordar com as exigências do Hamas, que incluem o regresso dos palestinianos deslocados ao norte de Gaza e um aumento na ajuda humanitária, isto poderá abrir caminho para um acordo (sobre uma trégua) nas próximas 24 a 48 horas", disse o alto funcionário, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.

As negociações entre as duas partes são retomadas hoje no Cairo.

No sábado, um alto funcionário da administração norte-americana afirmou, por seu lado, que Israel aceitou genericamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, bem como a libertação de reféns, cabendo agora ao Hamas concordar com a proposta.

Os israelitas aceitaram um princípio de acordo, que inclui o cessar-fogo de seis semanas em Gaza, bem como a libertação pelo Hamas dos reféns considerados vulneráveis, incluindo doentes, feridos, idosos e mulheres, disse o responsável, citado pela agência Associated Press.

"Os israelitas subscreveram basicamente os elementos do acordo. Neste momento, a bola está no campo do Hamas e nós continuamos a insistir tanto quanto possível", acrescentou o responsável norte-americano, que também pediu o anonimato.

Cerca de 250 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza durante o ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, a 07 de outubro, que causou a morte de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

Segundo as autoridades israelitas, 130 reféns continuam detidos em Gaza, 31 dos quais terão morrido, após a libertação de 105 reféns em troca de 240 palestinianos durante uma primeira trégua no final de novembro.

Em represália ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas e a sua ofensiva militar já matou mais de 30.300 pessoas em Gaza, a grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.

De acordo com a fonte próxima do movimento islamita, o Hamas exige igualmente a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados de Gaza ao norte do território e a entrada de ajuda humanitária para a população ameaçada pela fome, no âmbito das negociações para uma trégua.

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