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Ataque israelita a Gaza mata mais de 100 pessoas que aguardavam por ajuda humanitária

O Hamas acusa as forças israelitas de dispararem contra centenas de pessoas que esperavam pela distribuição de comida, a oeste da cidade de Gaza. Em comunicado, fala em massacre acusando Israel de um crime de guerra sem precedentes.

Joana Costa de Sousa

O Hamas acusa as forças israelitas de dispararem contra centenas de pessoas que esperavam por ajuda alimentar na faixa de Gaza. As autoridades falam num massacre que provocou mais de 100 mortos e pelo menos 250 feridos.

As autoridades locais dizem que mais de 70 pessoas morreram e pelo menos 250 ficaram feridas. Israel diz que não tem qualquer informação sobre qualquer ataque naquela zona.

Este ataque terá ocorrido poucas horas depois do secretário da Defesa dos Estados Unidos ter frisado ao homólogo israelita a necessidade urgente de garantir mais ajuda humanitária a Gaza.

Até ao momento, grande parte da ajuda destinada ao enclave continua bloqueada e várias organizações alertam para o elevado risco de fome que a população enfrenta.

“(Toda a população) de Gaza está em risco iminente de fome. Quase todos estão a beber água salgada e contaminada. Os cuidados de saúde em todo o território quase não estão a funcionar. Imaginem o que significa para os feridos e para as pessoas que sofrem de surtos de doenças infecciosas”, alerta o alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Dada a dificuldade de fazer chegar a ajuda humanitária por via terrestre, vários países têm usado a via aérea para entregar comida e água à população de gaza. Também os Estados Unidos estão a equacionar distribuir ajuda desta forma.

“Há outras formas que estamos a explorar, para fazer chegar a assistência humanitária, mas também estamos, e é por isso que nos ouvem falar tanto disso, a dedicar tanto esforço a tentar garantir um acordo sobre os reféns que conduza a um cessar-fogo temporário, porque, em última análise, isso resolveria muitas das questões relativas à distribuição da assistência humanitária", acrescenta o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller.

Para já, sem um cessar fogo à vista e apesar da pressão internacional, o exército israelita continua com a ofensiva em todo o território da Faixa de Gaza, numa altura em que segundo o Hamas, o número de mortos ultrapassou os 30 mil. Destes, 70% eram crianças e mulheres.

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