Assinala-se este sábado dois anos desde o início da guerra na Ucrânia, que ainda não tem fim à vista. O outro conflito, entre Israel e o Hamas, já soma cinco meses. Existe algum denominador comum?
Para Maria João Tomás, comentadora da SIC, há “pelo menos dois”: o Irão e a Rússia.
“A Rússia ainda não se apresentou na guerra do Hamas com Israel, mas há essa suspeita e possibilidade que paira no ar. Já o Irão ajuda a Rússia na guerra da Ucrânia e está contra israel na do Hamas”.
“Se Trump ganhar…”
O rumo dos conflitos é de grande importância para Vladimir Putin, que tem um ano de grande importância em diferentes planos. E, para já, está a ter sucesso em todos.
“Este é o ano de Putin. Vai ter eleições, que certamente vai ganhar, até porque o principal adversário [Alexei Navalny] morreu na prisão. [Putin] está a ganhar a guerra na Ucrânia neste momento. Ou seja, vitória eleitoral e militar. Depois, tem ainda presidência dos BRICS, que será ele a presidir em 2024”, explica a comentadora da SIC.
Para “fechar com chave de ouro”, só se Donald Trump vencer as eleições e regressar à presidência dos Estados Unidos em novembro.
“Se Trump ganhar, Putin vai ter a possibilidade de invadir outros países que são devedores da NATO”, afirma Maria João Tomás.
“Ligação da Rússia ao Hamas é antiga”
A imprensa árabe noticiou que houve um encontro em Moscovo, com Putin e os líderes do Hamas e da jihad islâmica, o que “não é novidade”, garante Maria João Tomás.
“Essas visitas começaram quase logo desde a fundação do Hamas. São contatos repetidos. Há inclusive ministros russos que vão ao Qatar no local onde está exilado o chefe político do Hamas (…) A ligação da Rússia ao Hamas é antiga e contínua. Putin está do lado contrário de Israel".