A União Europeia deu luz verde a um dos pacotes de sanções mais extensos contra a Rússia. Abrange cerca de 200 empresas e indivíduos, incluindo diplomatas, para reduzir as fontes que alimentam a máquina de guerra russa. A decisão surge numa altura em que as forças russas ganham novo ímpeto no campo de batalha.
A tomada de Avdiivka, bastião ucraniano em Donetsk, está a ser usada para dar novo fôlego à ofensiva russa. As chefias militares de Putin glorificam o sucesso no campo de batalha, visitam as tropas no terreno e multiplicam as condecorações.
Na frente sul, os militares ucranianos observam movimentações alarmantes.
A fadiga da guerra condicionou a ajuda internacional e, no terreno, 24 meses de combates infligiram mais do que baixas no contingente militar.
Nas cidades vizinhas de Avdiivka assiste-se a um novo êxodo das populações. Vidas inteiras embaladas em poucos sacos. Sentem que as forças russas estão a aproximar-se.
A cidade de Kupyansk, reconquistada ao exército russo, está completamente em ruínas e corre o risco de voltar às mãos de Moscovo, um ano e meio depois.
Debaixo de intensos bombardeamentos, os habitantes temem que seja o próximo objetivo das forças russas e preferem deixar para trás o que agora é pouco mais do que ruínas.
Depois de encenar para a televisão o planeamento para controlar ambas as margens do rio Dniepre, na região de Kherson, Moscovo anunciou a tomada de Krinky.
Face a um cenário cada vez mais adverso para Kiev, a União Europeia quer que o novo pacote de sanções contra a Rússia entre em vigor a 24 de Fevereiro, data que assinala o início da invasão.
Na lista negra figuram empresas da China, Coreia do Norte e Turquia por fazerem chegar à Rússia tecnologia, componentes e equipamento militar com origem europeia que figuram na lista de exportações proibidas.