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Ucrânia reconhece situação "extremamente complexa" na frente de batalha

Apesar de tudo, Kiev continua a infligir danos à frota russa no mar Negro, tendo reivindicado a responsabilidade pela destruição de mais um navio.

AP Photo / Libkos

SIC Notícias

Lusa

O novo comandante das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrsky, considerou esta quarta-feira a situação no campo de batalha "extremamente complexa", admitindo que Kiev tem falta de homens e armas, enquanto um novo pacote de ajuda norte-americana está bloqueado no Congresso.

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do Presidente norte-americano, Joe Biden, confirmou "ouvir com cada vez mais frequência que o Exército ucraniano está a racionar munições ou mesmo a ficar sem elas na linha da frente", pelo que apelou ao Congresso para pôr fim à "inação dos Estados Unidos".

Apesar de tudo, Kiev continua a infligir danos à frota russa no mar Negro, tendo reivindicado a responsabilidade pela destruição de mais um navio.

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) saudou as "pesadas perdas" infligidas à Rússia no mar, classificando-as como "um grande êxito" das forças ucranianas.

Contudo, no terreno, a tarefa de recuperar os quase 20% de território ucraniano ocupados por Moscovo continua a ser gigantesca.

"Os ocupantes russos continuam a aumentar os seus esforços e ultrapassam em número" as forças ucranianas, declarou o general Syrsky na plataforma digital Telegram, numa altura em que a Ucrânia se esforça por conseguir preencher as fileiras do seu Exército.

"Estamos a fazer tudo o que é possível para impedir que o inimigo avance no nosso território e para manter as nossas posições", sublinhou o novo comandante-supremo, reconhecendo que as suas forças estão com dificuldade em conter os múltiplos ataques russos no leste do país.

Syrsky, que durante muito tempo comandou as operações militares de Kiev no leste, foi na semana passada promovido a chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, depois de Zelensky ter apelado para "mudanças", na sequência do fracasso da contraofensiva ucraniana do verão de 2023.

Na sua primeira visita à frente de batalha enquanto comandante-supremo, o general deslocou-se com o ministro da Defesa, Rustem Umerov, às zonas de Avdiivka e de Kupiansk, dois dos pontos mais críticos da frente oriental.

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