Mundo

Situação cada vez mais dramática em Gaza: Israel diz que Hamas se esconde em hospitais

As Nações Unidas pedem que se mantenha o apoio à agência UNRWA. Gaza continua debaixo de fogo e em condições cada vez mais dramáticas.

Miguel Franco de Andrade

As Nações Unidas apelam ao mundo para que não seja retirado o apoio à agência para os refugiados da Palestina, que o secretário-geral, António Guterres, considera a "espinha dorsal" da resposta humanitária a Gaza. O território continua debaixo de fogo e em condições cada vez mais dramáticas.

117 dias de guerra em Gaza provocaram a deslocação de 85% de uma população superior a 2 milhões de pessoas. Em pleno inverno em casas semidestruídas ou em tendas em condições infra-humanas.

Alegações israelitas de que funcionários da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos podem ter estado envolvidos nos ataques de 7 de outubro estão a pôr em causa o financiamento internacional da instituição. Israel pede a extinção.

A agência formada em 1949 para lidar com os milhões de refugiados palestinianos após a criação do estado de Israel fornece assistência na área da saúde, educação ou alimentação. Emprega mais de 33 mil funcionários, 13 mil dos quais em Gaza, sobretudo mão de obra local.

Segundo Israel, 12 elementos poderão ter estado envolvidos nos ataques do Hamas. Um deles terá sido morto. A ONU diz já ter despedido 9 elementos, os outros dois estão a ser investigados.

Violentos combates prosseguem em especial no Sul, onde o crescente vermelho e outros trabalhadores de hospitais relatam várias mortes e ferimentos por estilhaços em dois hospitais em Khan Younis.

Os alertam surgem um dia depois de operacionais israelitas disfarçados de civis terem atacado um hospital na Cisjordânia.

A ONU denuncia aquilo que chama de execuções extrajudiciais, uma vez que uma das três vítimas seria um homem de 18 anos com paralisia parcial que estava deitado numa das camas do hospital quando foi baleado na cabeça.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos diz ainda que as missões para fazer chegar ajuda aos hospitais têm sido negadas e volta a alertar para o risco de uma catástrofe iminente.

Últimas