As Brigadas do Hezbollah, um influente grupo armado pró-Irão no Iraque, anunciaram, nesta terça-feira, a suspensão das suas operações militares contra as tropas norte-americanas, após Washington ter prometido retaliar o ataque de drones na Jordânia que matou três militares.
"Anunciamos a suspensão das nossas operações militares e de segurança contra as forças de ocupação, a fim de evitar qualquer constrangimento ao governo iraquiano", anunciou este movimento no seu site.
"Continuaremos a defender o nosso povo na Faixa de Gaza de outras formas", acrescentou, de acordo com o portal de notícias Shafaq.
Este movimento xiita recomendou também aos seus milicianos uma "defesa passiva" temporária em caso de "qualquer ação hostil" por parte do lado norte-americano.
O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) apontou esta segunda-feira para a potencial responsabilidade das Brigadas do Hezbollah pelo ataque mortal de domingo a uma base logística norte-americana perto da fronteira com o Iraque e a Síria, que matou três soldados norte-americanos e fez cerca de 40 feridos.
As Brigadas do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irão, é uma das milícias que faz parte da Resistência Islâmica no Iraque, que reivindicou o ataque contra a base norte-americana e que têm realizado ofensivas em apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas que está em guerra na Faixa de Gaza com Israel, país apoiado por Washington.
O grupo foi designado organização terrorista pelos Estados Unidos há mais de uma década, devido aos seus ataques contra alvos norte-americanos durante a invasão do país árabe.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, afirmou que os Estados Unidos estão a considerar uma retaliação com "múltiplas ações" pelo ataque de domingo.
"É muito possível que venhamos a assistir a uma resposta gradual, não uma única ação, mas potencialmente múltiplas ações", disse Kirby a bordo do avião em que o Presidente Joe Biden viajou hoje para a Florida.