O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) iniciou esta quinta-feira dois dias de discussões legais num caso apresentado pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio na guerra na Faixa de Gaza contra o Hamas.
A África do Sul pediu aos juízes, no início da audiência, que impusessem ordens preliminares vinculativas a Israel, incluindo a suspensão imediata da campanha militar israelita em Gaza.
O especialista geopolítico Bruno Gonçalves considera que a ação da África do Sul é importante, porque permite que medidas preventivas, como o cessar fogo, possam ser aplicadas a Israel.
“Temos que ser capazes de dizer que há urgência na criação de um Estado Palestiniano livre. Neste momento, os direitos dos cidadãos palestinianos não existem. Aquilo que se vive hoje na Palestina é um regime de Apartheid”, defende.
Por outro lado, Francisco Cudell, analista de segurança e defesa, argumenta que a África do Sul está a ser uma “marioneta” e que, no Tribunal Internacional de Justiça, não foi capaz de mencionar o ataque do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro.