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Três meses de guerra Israel-Hamas: Bliken faz nova visita para evitar escalada do conflito

Israel diz ter eliminado cerca de oito mil militantes do grupo terrorista, enquanto Gaza assegura que já morreram quase 23 mil palestinianos. O secretário de Estado norte-americano está no Médio Oriente, numa altura em há tensão na fronteira entre Israel e o Líbano.

Mariana Xavier

Israel disse, este domingo, ter eliminado desde o início do conflito oito mil militantes do Hamas. O porta-voz do exército israelita garantiu ainda que foi desmantelada a estrutura militar do grupo no norte da Faixa de Gaza e que as operações vão continuar, numa altura em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visita novamente o Médio Oriente, para tentar evitar uma escalada do conflito.

Do lado de Gaza, é avançado que já morreram quase 23 mil palestinianos desde o início dos confrontos, há três meses.

Na fronteira do Líbano, os ataques continuam entre as forças israelitas e o Hezbollah, como resposta à morte do número dois do Hamas. O exército de Israel garante que não registou mortos.

Blinken encontrou-se com o rei da Jordânia e prepara-se para visitar a Cisjordânia. Passou também por um armazém do programa alimentar mundial, sendo que a fome é um dos principais problemas humanitários vividos por esta altura na Faixa de Gaza.

Últimas 24 horas sangrentas

Pelo menos 113 palestinianos foram mortos e 250 ficaram feridos nas últimas 24 horas em Gaza, na sequência da ofensiva militar israelita, anunciou este domingo o Ministério da Saúde do território controlado pelo movimento extremista Hamas.

"A ocupação cometeu doze massacres contra famílias em Gaza", declarou o ministério em comunicado.

Estas novas vítimas elevam para 22.835 o número de mortos e para 58.416 o número de feridos desde o início da guerra, em 7 de outubro, segundo os dados do ministério.

Por seu lado, a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa informou que aviões de guerra israelitas bombardearam no sábado à noite uma casa no norte da Faixa de Gaza, matando 20 habitantes e ferindo dezenas de outros.

Os bombardeamentos aéreos e de artilharia israelitas durante a noite na zona de Wusta, no centro do enclave costeiro, mataram pelo menos 16 pessoas e feriram dezenas, segundo os meios de comunicação social.

No sul, em Rafah, sete pessoas foram mortas num bombardeamento israelita contra um edifício que albergava muitos deslocados da guerra, enquanto no campo de refugiados de Maghazi, no centro do enclave, outras quatro pessoas foram mortas quando um abrigo gerido pela UNRWA, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, foi bombardeado, segundo a Wafa.

Outras 17 pessoas, entre as quais 12 crianças, foram mortas num bombardeamento israelita contra uma casa em Khan Younis, no sul, e outras 25 num campo de refugiados nessa zona

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