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Crânio de monstro marinho com 150 milhões de anos em exposição em Inglaterra

O crânio de um monstro marinho colossal extraído dos penhascos da Costa Jurássica de Dorset pertence a um pliossauro, um feroz réptil que aterrorizou os oceanos há cerca de 150 milhões de anos.

Pliossauro exposto no Museu de História Natural em Londres
Mike Kemp

SIC Notícias

O crânio com mais de dois metros de comprimento de um temível monstro marinho com 150 milhões de anos está a partir deste mês em exposição em Dorset, no Reino Unido. Os paleontólogos estão agora numa corrida contra o tempo para encontrar o resto do seu corpo.

O fóssil de 2 metros de comprimento pertence a um pliossauro – um dos predadores mais temíveis que o planeta já viu. O crânio foi desenterrado na Costa Jurássica de Inglaterra no início de dezembro de 2023 e está agora exposto ao público, perto do local onde foi encontrado.

Sir David Attenborough investigou a descoberta num filme da BBC que foi emitido no dia de Ano Novo (só possível de ver estando no Reino Unido).

O crânio do réptil marinho de 150 milhões de anos está na Coleção Etches em Kimmeridge, em Dorset, perto do local onde foi encontrado. O resto do seu esqueleto ainda deverá estar enterrado nos penhascos e os paleontólogos têm ainda esperança de o recuperar.

O focinho do pliossauro foi descoberto por um entusiasta de fósseis numa praia perto da baía de Kimmeridge, segundo a BBC. O crânio foi extraído de um penhasco que está em rápida erosão por uma equipa pendurada em cordas.

Steve Etches liderou o esforço para remover e preparar o fóssil.

Este crânio do pliossauro é um dos espécimes mais completos já encontrados e está muito bem preservado.

Não é preciso muita imaginação para perceber que terá sido uma máquina de matar implacável: a sua enorme mandíbula semelhante a um crocodilo, mas com 2 metros, contém 130 dentes afiados e os buracos em ambos os lados do crânio seriam preenchidos com músculos enormes.

Os investigadores estimam que a força da sua mordida seria igual à de um T. Rex – o que deu ao pliossauro o cognome de “rex dos mares”.

Com um comprimento entre 10-12 metros, este monstro marinho movimentava-se nos oceanos usando quatro enormes membros em forma de remo, pelo que devia conseguir agir muito rapidamente.

A presa que passava seria morta com uma única dentada e depois engolida - os cientistas acham que este monstro não se preocupava em mastigar a comida.

“Os pliossauros estavam no topo da cadeia alimentar”, segundo Steve Etches.

“Eles até se alimentavam de elementos da sua própria espécie, porque nas coleções temos ossos de pliossauros com marcas de dentadas de pliossauros.”

Os paleontólogos estão muito interessados em chegar mais perto do fóssil ainda enterrados nos penhascos de Kimmeridge porque possui características nunca vistas noutros pliossauros, nomeadamente uma crista alta na cabeça, o que sugere que pode ser uma espécie nova para a ciência.

Mas o tempo esta a esgotar-se. A linha costeira está a recuar rapidamente nesta área, até 30 centímetros por ano, e isto pode ameaçar a integridade do espécime que pode começar a cair do local onde está enterrado, a 15 metros de altura.

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