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Israel: Rafah volta a ser atacada enquanto chefes de diplomacia evitam extensão da guerra

Tanto os Estados Unidos, como a Europa, unem esforços para que a guerra não se alastre para o resto do Médio Oriente. No entanto, Israel continua a bombardear a Faixa de Gaza.

Augusto Madureira

Marisabel Neto

O secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken está a começar mais um périplo de uma semana pelo Médio Oriente e o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell vai estar no Líbano até domingo. Os Estados Unidos e a Europa querem evitar que a guerra alastre a outros países e discutir também o presente e o futuro da Faixa de Gaza, que continua a ser atacada por Israel.

O que ainda resta de Rafah voltou a ser alvo dos bombardeamentos israelitas durante a noite. Só num apartamento, morreram seis palestinianos. Para os familiares, a guerra tem seis novos mártires.

Enquanto Rafah e outras cidades do sul eram bombardeadas, o gabinete israelita de guerra reuniu-se para discutir "o futuro" da Faixa de Gaza. No governo de Netanyahu há várias sensibilidades.

O ministro da Segurança Nacional e o ministro das Finanças, por exemplo, defendem que todos os palestinianos devem ser expulsos daqui, dando lugar à construção de colonatos judaicos.

Pelo contrário, o ministro da Defesa entende que, depois da guerra Gaza deve ser governada - não pelos israelitas, mas pelo povo palestiniano, claro que sem o Hamas. Quanto ao primeiro-ministro, não é bem assim, tendo feito declarações onde se propõe a aniquilar o Hamas e garantir que Gaza se "volta a tornar uma ameaça".

A declaração de Netanyahu foi feita ao lado de um senador republicano, que esteve em Telavive, antes da viagem de Blinken. O secretário de Estado norte-americano está a começar mais um périplo pelo médio oriente. Na viagem de uma semana, há muito para discutir.

O chefe da diplomacia europeia está no Líbano até domingo. Borrell vai encontrar-se em Beirute com o primeiro-ministro, o presidente do parlamento, e as chefias militares numa altura em que aumentou a tensão entre o Líbano e Israel.
E os receios de que a guerra possa vir a alastrar.

Para demonstrar que Israel pode mesmo estar iludido, o Hamas divulgou novas imagens de alegados ataques do movimento a posições israelitas.

Foram supostamente captadas na cidade de Gaza, numa altura em que ainda tem nas mãos mais de 130 reféns israelitas.

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