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Gabinete de guerra de Israel discute futuro de Gaza: a que conclusões chegou?

O ministro da Defesa de Israel propõe que Gaza seja administrada por palestinianos, civis, excluindo a Autoridade Palestiniana. O futuro ainda é incerto porque, no presente, os ataques em larga escala continuam, além da guerrilha urbana do Hamas que está instalada.

Rodrigo Pratas

Eduardo Horta

Ao longo de 90 dias de guerra, a destruição tem sido cada vez mais patente e o futuro começa a ser delineado. Washington tem pressionado Israel para que apresente um plano para Gaza.

Sem o apoio de peso do Governo, o ministro da Defesa de Israel avançou apenas com linhas mestras do plano. Yoav Galant quer que sejam organismos palestinianos a controlar Gaza sob condição de que não haja ligações com o Hamas nem ameaças ou ações hostis contra Israel. A Autoridade Palestiniana está fora da solução, tal como a possibilidade de haver novos colonatos judeus.

Yoav Galant quer uma força multinacional responsável pela reconstrução e desenvolvimento económico da Faixa de Gaza. No entanto, o bloqueio manter-se-ia com Israel a inspecionar tudo o que entre e saia de Gaza. O plano foi proposto numa reunião do Governo israelita, que acabou em discussão entre os vários parceiros de Netanyahu.

Pela segunda vez no período de dois dias, o chefe do Hezbollah apareceu em vídeo. Hassan Nasrallah diz que o Líbano estará em perigo, se não houver reação ao assassinato do número dois do Hamas, em Beirute.

No Iémen, as ruas da capital encheram-se com homenagens aos 10 combatentes mortos pelos Estados Unidos. A Marinha americana afundou três navios de rebeldes houthi que atacavam um porta-contentores em trânsito no Mar Vermelho.

Para impedir um alastramento do conflito a toda a região, o secretário de estado norte-americano Antony Blinken começou, em Istambul, um périplo que vai incluir passagens por Jordânia, Egito e países da Península Arábica.



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