Mundo

"Estávamos a comer quando algo caiu sobre nós. Não tínhamos nenhum membro do Hamas..."

Além da maior cidade do sul da Faixa de Gaza, os alvos maiores dos últimos dias são os campos de refugiados do centro do território onde, diz Israel, há combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.

Aurélio Faria

Marco Neiva

Uma ofensiva sem fim à vista: em conflito com o Hamas, Israel concentra esta semana os ataques no centro e sul da Faixa de Gaza. Na cidade de Khan Younis e em três campos de refugiados, os palestinianos dizem que houve centenas de vítimas civis nas últimas 24 horas.

À porta do hospital de Khan Younis, choram os familiares e os amigos dos mortos nos bombardeamentos israelitas. Além da maior cidade do sul da Faixa de Gaza, os alvos maiores dos últimos dias são os campos de refugiados do centro do território onde, diz Israel, há combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.

“Estávamos sentados a comer quando nos deparámos com algo a cair sobre as nossas cabeças. Não tínhamos nenhum membro do Hamas nem nada”, contou uma criança ferida pelos bombardeamentos.

Com as mais recentes imagens da ofensiva, as tropas garantem que destruíram outro complexo subterrâneo e eliminaram um destacamento de elite do Hamas.

Israel lamenta oficialmente as vítimas civis mas acusa o Hamas de criar um terreno de batalha onde escolas e mesquitas escondem túneis e a população serve de escudo humano.

As Nações Unidas calculam que os combates urbanos desta semana agravaram a situação humanitária. Terão levado à fuga de 150 mil pessoas para Deir al Balah, junto à costa do Mediterrâneo.

Últimas