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Irão nega estar a acelerar produção de urânio enriquecido

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que o Irão triplicou a produção de urânio enriquecido a 60% para um total de para nove quilos mensais, próximo do nível necessário para uma arma nuclear.

Central nuclear Natanz
AP

Lusa

As autoridades iranianas rejeitaram hoje as conclusões da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre uma aceleração da produção de urânio enriquecido a 60% por Teerão e sublinharam que "não há novos trabalhos" neste domínio.

"Mantemos atividades de acordo com os regulamentos. Não temos novos trabalhos em curso", disse o chefe da Agência de Energia Atómica do Irão (AEOI), Mohamed Eslami.

O responsável relacionou as declarações da AIEA com a situação na Faixa de Gaza, conforme noticiado pela agência de notícias iraniana Tasnim e criticou o "frenesim mediático".

Eslami destacou que "nesta situação política e em linha com o que a guerra em Gaza lhes causou, estão a tentar criar outro espaço para desviar o foco e a opinião pública de Gaza para o Irão". "Está claro quais são os seus objetivos", concluiu.

O Irão comunicou os seus planos para aumentar a produção no final de novembro e os inspetores da AIEA efetuaram visitas às instalações de Natanz e Fordo entre os dias 19 e 24 de dezembro.

Embora seja necessário um enriquecimento de 80% para fabricar uma bomba nuclear, o Irão sempre defendeu que não tem intenção de criar armas deste tipo, e garantiu que só tem motivações pacíficas ligadas a questões energéticas e de desenvolvimento.

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