Donald Trump obteve uma vitória esta quarta-feira na sua luta contra os impedimentos à sua elegibilidade para voltar a ser presidente dos Estados Unidos. O supremo tribunal do Michigan decidiu que Donald Trump pode concorrer às primárias republicanas.
Ao contrário de Colorado, o supremo do Michigan decidiu que não iria considerar o apelo de quatro eleitores do estado que procuravam impedir o ex-presidente a concorrer às primárias republicanas de 27 de fevereiro, devido ao seu papel no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Os eleitores argumentaram que Trump, o favorito à nomeação republicana para 2024, não poderia ser presidente ao abrigo de um artigo da Constituição do país que proíbe pessoas de ocuparem cargos após se envolverem numa "insurreição ou rebelião" sob juramento aos Estados Unidos.
Trump, numa publicação na sua rede social Truth Social, disse que o tribunal "negou forte e com razão" o que chamou de "tentativa desesperada dos democratas" de retirá-lo das urnas no Michigan.
A decisão contrasta com uma decisão do supremo tribunal do Colorado, na semana passada, de desqualificar Trump ao abrigo da mesma disposição constitucional, conhecida como Secção 3 da 14ª Emenda. Trump prometeu apelar da decisão do Colorado no Supremo Tribunal de Jusitça do país.
Trump é constituído arguido num caso federal e na Geórgia pela sua suposta intervenção na tentativa de anular as eleições de 2020 - que culminou com a vitória de Joe Biden - mas não foi acusado de insurreição relacionada com o ataque de 6 de janeiro.
Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA poderia resolver a questão da elegibilidade de Trump a nível federal - em todo o país - para concorrer às Presidenciais de 2024.
Michigan é considerado um dos principais “swing states” - com eleitores indecisos - com probabilidade de decidir o resultado das eleições.