Uma das primeiras baixas num cenário de guerra é o acesso ao ensino. Milhares de crianças palestinianas tiveram de abandonar as casas, os bairros e as escolas. Nas zonas onde se concentram os refugiados, há agora voluntários que tentam retomar a normalidade.
No B-A-BA da guerra, aprendem-se lições dolorosas. O que é incompreensível para um adulto pode quebrar o espírito da infância.
As filas para entrar na escola ou para acesso ao recreio foram substituídas pela sebenta dos deslocados. As crianças fazem parte das tarefas de sobrevivência.
"Não esperava que a guerra chegasse a este ponto, que teríamos procurar refugio nas escolas. Costumávamos ir à escola para estudar, agora vamos à escola para ficar em filas para obter água e comida", afirmou uma criança deslocada.
O professor Tareq Al-Nuaimi também deslocado preferiu reescrever a história. E os alunos de 10 anos fazem a matemática daqueles a quem calhou esta geografia.
"Esta é uma iniciativa pessoal e voluntária que realizei, os alunos gostaram da ideia e desenvolveram paixão e agora perguntam-me quando será a próxima aula", revela o docente.
É uma lição de cidadania, o professor que oferece e os alunos que querem voltar a estudar até para aprender línguas e pedem que a guerra termine.