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Ao 75.º dia de conflito o apelo repete-se: "Por favor, acabem com esta guerra"

Refugiados em Rafah apelam ao cessar-fogo do conflito, após novo bombardeamento de Israel ter atingido o campo onde estão centenas de milhares de deslocados.

Miguel Franco de Andrade

Ao contrário do que se chegou a pensar, o regresso das negociações de paz em Gaza parece “longínquo”, segundo afirmou esta quarta-feira o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os ataques israelitas continuam a flagelar a faixa de terreno com cerca de 2 milhões e 300 mil habitantes que, segundo as autoridades locais, ao 75.º dia de conflito ultrapassou a marca dos 20 mil mortos.

Israel anunciou mais ataques e mais violentos, de norte a sul da Faixa de Gaza, tendo as bombas voltado a atingir Rafah, onde estão refugiados centenas de milhares de deslocados.

Durante o dia as bombas caíram também em Khan Younis e no campo de refugiados de Jabalia e causaram um numero indeterminado de mortos.

“Isto não é vida. Não temos eletricidade, água, gás, comida e bebida. Não temos nada. Temos uma vida de agonia e luta. O povo de Gaza sempre foi indefeso. Que pecados cometeram os civis e as crianças?”, afirma uma das habitantes em Gaza, Samar Abu Louly.

Nos últimos meses ao todo foram contabilizados mais de 52 mil feridos.

“Apelamos ao mundo, a todos aqueles que têm coragem e partilham os valores do Islão. Basta. Durante quanto tempo mais é que isto vai continuar? Por favor, acabem com esta guerra, com este genocídio contra nós, contra os inocentes que não têm culpa”, apela.

Segundo as informações fornecidas pelas autoridades de saúde do território, controlado pelo Hamas mas considerados fiáveis por agencias das Nações Unidas, esta quarta feira foi ultrapassada a barreira dos 20 mil mortos desde 7 de outubro, entre eles 8 mil crianças e 6.200 mulheres.

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